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Muitas pessoas desconhecem sobre oportunidades que existem no exterior, o que às vezes acaba dificultando o acesso aos cursos de especialização. Para fazer uma escolha certa é preciso entender as opções e suas implicações.

 

Com o crescente acesso à viagens internacionais, facilidades de pagamento e maior competição no mercado de trabalho, os profissionais brasileiros estão, cada vez mais, buscando cursos de especialização fora do país. Nesta publicação vamos tratar de programas de Master Business Administration (MBA) nacionais e internacionais e alternativas de até 4 semanas de duração com valores acessíveis e personalizados.

 

Quais são os preços no Brasil e no exterior?

 

No Brasil, MBAs executivos da Fundação Dom Cabral (FDC - MG) e Fundação Instituto de Administração (FIA - SP), custam em média R$94.800 e R$89.500, respectivamente (dados referente ao ano de 2017). O mestrado executivo em administração de 3 semestres na Fundação Getúlio Vargas (FGV - SP) sai por R$39.000. Um fator que chama a atenção para esses cursos é a distribuição da carga horária, sendo dividida entre aulas presenciais, à distância e preparatórias para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), dificultando a comparação da carga horária total entre as instituições. Além de que maioria das escolas trabalham com reajustes anuais , o que dificulta saber o real valor do curso.

 

Já a pós-graduação no George Brown College (GBC), um dos maiores Colleges do Canadá, custa a partir de R$36.000. As aulas são diárias e o programa se divide em dois períodos presenciais e um período de estágio. Existem ainda programas de três períodos presenciais que saem por volta de R$48.000.

 

É claro que há programas mais baratos no Brasil, no entanto buscamos instituições nacionais cujo diploma possa se comparar com uma certificação estrangeira. Nesse sentido, o nome da instituição nacional acaba pesando na hora de optar pelo investimento, mas uma especialização no exterior dá destaque extra a qualquer currículo.

 

Oportunidades de experiência profissional internacional

 

Além do custo competitivo, os programas de MBA no exterior, principalmente no Canadá, permitem trabalhar desde o início das aulas e também depois da graduação, por período igual ao do curso. O objetivo é permitir que o aluno coloque em prática o que aprendeu em sala de aula. O Canadá é um país que possui o mercado de trabalho aquecido e com salários excelentes, o que facilita que estudantes estrangeiros consigam trabalho. Segundo a revista Trading Economics, o nível de desemprego no país é o menor desde 2015.

 

Retorno rápido do investimento

O Retorno Sobre Investimento (ROI) pode ser mais longo ou mais curto dependendo dos padrões de gasto do aluno e o novo salário, mas há exemplos de quem consiga recuperar o investimento rapidamente. Segundo a estudante de pós-graduação em Toronto, Renata Oliveira, o retorno do investimento após a conclusão do curso foi de 3 meses para as despesas acadêmicas e mais 2 meses para gastos com hospedagem, alimentação, e transporte.

 

Alternativas mais acessíveis, rápidas e baratas

 

Existem opções para quem tem menos recursos, menos disponibilidade de tempo ou fluência.

1) Universidades que ofereçam cursos extra curriculares (continuing education). São opções atraentes, mas é preciso cuidado. Geralmente as aulas não somam o número de horas suficientes para permitir a solicitação de visto de estudante ou de turista com permissão de trabalho. Na University of York, um programa de 5 dias em vendas sai por CD$5.000.

 

2) Cursos que combinam o estudo do Inglês com visitas técnicas em áreas como arquitetura, engenharia, direito, e negócios. Existem programas de 4 semanas a partir de CD$690, com exigência mínima de fluência. Esses cursos permitem melhorar o nível de fluência e ainda ter contato com sua área profissional no exterior.

- Arquitetura / 4 semanas / Toronto

- Engenharia / 4 semanas / Toronto

- Business / 4 semanas / Toronto

- Direito / 4 semanas / Toronto

 

3) Cursos onlines são ideais para quem não tem a possibilidade de viajar mas já tem alguma fluência. Apesar do reconhecimento no mercado ser menor e não permitirem trabalhar no exterior, são uma boa opção para manter contato com o idioma.

 

Para quem não domina o idioma

 

Para iniciar uma especialização no exterior, o candidato precisa ter um bom domínio do idioma local, algo entre o nível intermediário e avançado. Independente do conhecimento inicial, ao fim da especialização, a fluência do estudante terá aumentado muito, especialmente nas áreas de pronúncia e compreensão oral. Além disso, o vocabulário técnico melhora e o aluno aprende a se comunicar de maneira profissional.  Para quem não tem domínio do idioma, há programas de idiomas especialmente formatados para preparar o estudante estrangeiro para entrar nos programas de graduação e pós-graduação. Esses programas são conhecidos como pathway, dos quais falaremos em outras publicações.

 

Segundo The Canadian Magazine of Immigration , em 2016, os brasileiros foram o 7º maior grupo de estudantes internacionais no Canadá, representando uma quantidade de aproximadamente 9 mil acadêmicos. China continua sendo o maior grupo com mais de 132 mil estudantes e isso demonstra a importância que a nova potência da economia promove na capacitação no exterior.