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Há cerca de 200 mil anos, movimentos migratórios deram início ao povoamento das áreas mais remotas do planeta, superando barreiras geográficas e condições climáticas extremas. Esse deslocamento de pessoas acontece até hoje, porém, com a evolução dos sistemas políticos, formação das nações modernas e desenvolvimento de tecnologias para o controle de fronteiras, esses movimentos tornaram-se muito mais dependentes da burocracia exigida pelas embaixadas do que da habilidade física de se deslocar de um país a outro.

 

As pessoas podem imigrar influenciadas pela curiosidade, imposição ou necessidade. O fator necessidade inclui as crises internacionais que diversos países enfrentam e propiciam a ida de grupos de pessoas para locais distantes. As guerras mundiais, revoluções e conflitos armados representam os tipos de crises que podem ocorrer em um país. As crises econômicas também podem dificultar a sobrevivência em determinadas regiões, durante um determinado período.

 

No Brasil, os níveis de insatisfação em relação ao desempenho da economia, aumento da violência e pouca perspectiva de mudanças são motivos que fazem com que milhares de pessoas busquem novas oportunidades de trabalho no exterior. Em 2016, a Hays recrutamento entrevistou sete mil executivos e o resultado da pesquisa indicou que 83% dos participantes estavam dispostos a aceitar ofertas de emprego no exterior.  

 

Projeções da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) indicam diminuição do crescimento econômico do Brasil em 2019. A OCDE reduziu a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 1,4%, o que representa menos da metade da estimativa de expansão da economia mundial. Dados como esses contribuem para o aumento do desemprego no país e, consequentemente, maior procura por trabalhos no exterior.

 

O maior desafio do país que recebe o imigrante é garantir que esse novo imigrante seja absorvido rapidamente pelo sistema produtivo e contribua o mais rápido possível com o crescimento da economia do país para não se tornar um gasto extra para o sistema de seguridade social. Consequentemente, a preferência na emissão do visto é sempre dada para candidatos com boa formação acadêmica e que possuam um histórico profissional qualificado.

 

Países como o Canadá e Austrália possuem políticas imigratórias favoráveis à entrada de profissionais em seus territórios. Com a crise mundial, esses países adicionaram mecanismos para filtrar, ainda mais, as pessoas que podem adquirir permissão para entrar no território. Apesar de mudanças recentes no sistema de imigração canadense, existe uma abertura relativamente grande para a entrada de profissionais com experiência de trabalho no país. O programa Canadian Experience Class (CEC), por exemplo, permite que profissionais brasileiros se candidatem ao visto de residente permanente caso tenham experiência mínima de um ano de trabalho no Canadá. Neste caso, o maior desafio para quem pretende adquirir o visto permanente é obter a permissão para trabalhar legalmente durante o período solicitado como experiência mínima.  

 

Uma maneira bastante vantajosa de se obter a permissão legal de trabalho é por meio de programas de estudos em Colleges Canadenses que permitem que o estudante possa, após concluir o curso, trabalhar por período igual ao do curso. Colleges são instituições de ensino de nível superior similares às faculdades técnicas brasileiras. Uma pessoa graduada pode se inscrever em um programa de pós-graduação de três quadrimestres e, ao completar os 12 meses de estudo e com o visto de trabalho já em mãos, completa os 12 meses de trabalho e posteriormente pode se candidatar ao visto de residente permanente. 

 

Algumas vantagens existentes no processo de obtenção de visto por meio dos Colleges são que o nível de fluência exigido nos Colleges é menor que o de uma Universidade, os programas são mais baratos quando comparados com os das Universidades, o estudante pode trabalhar até 20h durante o período das aulas, os Colleges apoiam os estudantes na busca por empregos e ao final do curso, o estudante terá contatos e referências canadenses, o que beneficia a procura pelo emprego.

 

Vale lembrar que a instituição estudantil deve ser regulamentada pelo governo canadense, o estudante precisa estar com emprego assegurado quando for emitido o visto de trabalho de 12 meses, possuir um emprego onde o cargo seja elegível para o programa Canadian Experience Class (CEC) da Canadian National Occupational Classification (level 0, type A e B), além do trabalho ser em período integral. O estudante também deve estar sempre atento às mudanças na legislação vigente do país.

 

Morar e trabalhar no exterior representam a oportunidade de aprender um novo idioma, conviver com novas culturas e ganhar experiência de trabalho internacional. Esse tipo de experiência é também a garantia de melhores empregos para aqueles que resolvem retornar ao país, pois terão agregado ao seu currículo experiência, domínio do idioma e conhecimento de como conduzir relações comerciais com empresas estrangeiras. A Skope oferece programas de intercâmbio exclusivos pra você que quer estudar e trabalhar aliando educação, trabalho e cultura. Conheça os programas e as condições clicando aqui.